Agora, o afastamento é definitivo. Neste sábado (21), em Assembleia Geral Extraordinária realizada no Barradão (veja aqui), em Salvador, Paulo Carneiro foi destituído da presidência do Esporte Clube Vitória pelos sócios-torcedores do clube. Apesar da destituição, Paulo Carneiro permanece como sócio vitalício do Vitória. Porém, com a decisão, o ex-presidente fica inelegível por sete anos, sem poder disputar qualquer cargo eletivo dentro do clube.
Ao todo, 211 sócios-torcedores participaram da Assembleia Geral Extraordinária, com apenas uma abstenção de voto. O movimento foi tranquilo na manhã de hoje no Barradão
Paulo Carneiro foi acusado de gestão temerária por diversas irregularidades, como adiantamento de remunerações durante a pandemia, ausência de um contrato entre o clube e empresa Magnum, que recebeu R$ 3,5 milhões do Vitória, bem como falta de transparência na aquisição do atacante Jordy Caicedo, gastos pessoais no cartão corporativo da agremiação, entre outras coisas. Ele estava afastado desde setembro da presidência.
Com isso, Fábio Mota, que é presidente do Conselho Deliberativo, e que estava interinamente na presidência do Vitória, assume o comando da agremiação até dezembro deste ano, quando se iniciará uma nova gestão. Luiz Henrique Vianna, que era vice-presidente do clube, renunciou no mês passado
Na linha sucessória do Conselho Deliberativo, quem está apto para assumir é Cacau Menezes, vice-presidente do colegiado rubro-negro. Porém, existem rumores que ele não está disposto a ocupar o posto. Nesta situação, duas possibilidades: eleição direta para recomposição do presidente e vice do Conselho ou pleito somente com participação dos membros do atual CD.
O agora ex-mandatário rubro-negro utilizou as redes sociais e se pronunciou sobre o seu afastamento definitivo do comando da agremiação.
“Hoje me desligo do clube definitivamente. Deixando ele seguir seu destino. Deixo uma obra indelével, única na vida do clube. Os maiores resultados esportivos, a construção do seu patrimônio, com sua preservação e regularização, referência nacional em gestão esportiva, quitação do seu Passivo, e internacionalização de sua marca. Os maiores atletas da sua história. Voltei pra tentar reconstruí-lo, mas não deixaram. A conspiração política grassa no clube. O torcedor abandona o clube e esse é um mal sinal. Hoje tinha 200 sócios na AGE, 10% dos adimplentes. O engajamento acabou. Um sinal grave. O passivo milionário passa ao largo sem nenhuma apuração de responsabilidades. Deixo para aqueles que o endividaram gravemente e o deixaram na maior crise da sua história. O espaço agora está aberto para os oportunistas de plantão”