A Polícia Militar da Bahia (PMBA) concluiu, nesta sexta-feira (28), um treinamento para a tropa oferecido em parceria com a Fundação Arte de Viver. Durante quatro dias, policiais militares aprenderam técnicas de respiração que ajudam a lidar melhor com as tensões cotidianas.
A iniciativa começou em 2016, a partir de uma experiência do comandante-geral da PMBA, coronel Anselmo Brandão. Cerca de 1,2 policiais militares já foram treinados. A expectativa é que, até o fim de 2018, mais 1,2 mil profissionais da corporação sejam capacitados.
“Em 2016, a primeira tropa a fazer o curso foi das Rondas Especiais [Rodesp]. Em 2017, o treinamento foi aberto para a Polícia Militar na capital e região metropolitana. A previsão é estender para toda a tropa, para todo policial que estiver interessado, independentemente do posto de graduação”, explicou a major Cláudia Mara.
A soldado Adriana Carla aprovou a experiência. “Eu tenho 16 anos de polícia e, realmente, existe o stress do trabalho. E há uma redoma em que a gente tenta se esconder. Esse curso trouxe um sentimento de paz e tranquilidade. As práticas diárias melhoram nosso relacionamento não apenas com nossa família, mas com nossos colegas de trabalho e com a sociedade também”, afirmou.
O também soldado Misael Moreira pretende continuar a praticar a técnica de respiração. “O curso é totalmente diferente da realidade que a gente vive. Ele permite que a pessoa se conecte com emoções e deixe de lado, até pela profissão, o stress e a correria do dia a dia. Com certeza, hoje eu me sinto muito melhor que há quatro dias, quando eu cheguei para começar o curso. Me sinto muito mais leve e mais tranquilo. Certamente, darei continuidade à prática”, relatou.
Instrutora da Arte de Viver, Cláudia Muricy conta como funciona a técnica utilizada no curso, chamada de Sudarshan Kriya. “São técnicas de respiração que estão diretamente ligadas com as nossas emoções. Da mesma forma que as emoções têm padrões de respirações específicos, quando a gente trabalha a nossa respiração, é possível trabalhar as nossas emoções. Basicamente, foi isso que a gente fez nesses quatro dias”, destacou Clara, que já treinou 18 turmas da PMBA.