A política dos Estados Unidos na América Latina pode ser baseada nos pilares segurança nacional e prosperidade econômica, mas com um enfoque comercial mais protecionista. O esboço foi elaborado pelo governo do presidente Donald Trump nesta terça-feira (9), durane Conferência das Américas, realizado em Washington. “Uma política exterior que esteja baseada na segurança nacional e na prosperidade econômica é algo que se encaixa de maneira natural em nossos interesses neste continente e com a forma com que este continente se relaciona conosco”, declarou Francisco Palmieri, secretário-adjunto interino dos Estados Unidos para a América Latina. De acordo com a Agência Brasil, o funcionário americano garantiu que o governo Trump quer “um hemisfério seguro, democrático e livre, uma região com lei e ordem dentro de suas fronteiras, nas quais se feche a passagem para redes criminosas transnacionais e para as vias de atividade ilícita”, também para que o terrorismo não possa expandir. Os Estados Unidos demonstraram interesse em manter intercâmbio comercial com a região, mas a questão deverá se ajustar às prioridades de Trump no comércio. Entre elas estão a promoção da soberania estadunidense, aplicação das leis comerciais americanas, aproveitamento da pujança econômica dos Estados Unidos para expandir as exportações de bens e serviços americanos e proteção dos direitos de propriedade intelectual do país. Para isso o governo está revisando os tratados comerciais existentes, em particular o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafa), em vigor desde 1994 entre Estados Unidos, Canadá e México. Por outro lado, Trump também está preocupado com a situação na Venezuela, tema de conversas com homólogos no continente. Na avaliação de Palmieri, a solução dos problemas venezuelanos é mais democracia.