Mais da metade da população de Salvador que não tem contato direto com diabetes não sabe que a doença pode levar à cegueira. De acordo com pesquisa conduzida pela Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV), em parceria com a Bayer, 53% dos entrevistados na capital baiana que não possuem diabetes ou relação direta com a doença desconhecem sua relação com a perda da visão. Já entre os diabéticos ou pessoas com familiares portadores da doença, 69% da população baiana já ouviram falar em retinopatia diabética e edema macular diabético, principais complicações oculares da doença. A média nacional está um pouco abaixo: 43% têm conhecimento do problema. O edema macular diabético (EDM) é uma complicação do diabetes, assim como a retinopatia diabética (RD), e ambos são causados pelo aumento de açúcar no sangue, que leva a alterações nos vasos sanguíneos de todo o corpo, incluindo os vasos do olho, especificamente da parte posterior do olho chamada de retina (RD) e de sua porção central denominada mácula (EMD). “Em relação ao diabetes, já se observa níveis de epidemia no Brasil. À medida que esses números aumentam, proporcionalmente cresce o número de indivíduos que correm o risco de desenvolver essas complicações oculares”, ressaltou o endocrinologista Luiz Turatti, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes. Apesar do grau de informação acima da média nacional sobre as complicações oculares, a perda da visão não é uma das consequências do diabetes mais temidas (24%) em Salvador. Amputação de membros e ulceração dos pés aparecem no topo da lista de preocupações (26% cada).
Bahia Notícias