Um depoimento apresentado ao DHPP (Departamento de Homícidios e Proteção à Pessoa) pode dar novo rumo às investigações do crime da menina Vitória. O caso, até o início desta semana, estava com a delegacia de polícia de Araçariguama (SP).
Um traficante, que já estaria preso antes do sumiço de Vitória Gabrielly, teria revelado que o assassinato deveria envolver outra garota de mesmo nome e mesmas características. O depoimento foi registrado em sigilo e, por isso, ainda não foi divulgado.
A polícia já havia afirmado que o caso já se encaminhava para o fim.
Para isso, ela usava o depoimento de um segundo traficante, que estaria devendo para o que está preso. O rapaz havia dito conhecer o casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes, preso por suposto envolvimento com o caso.
Em seus depoimentos, no entanto, esse traficante não conseguiu conectar o casal à morte de Vitória. Ele conhecia os dois por cobrarem dívidas de usuários de drogas — ele mesmo confessou dever R$ 7.000 para um traficante e acredita que o verdadeiro alvo era a sua irmã, de mesmo nome que a vítima, e não Vitória Gabrielly.
Questionados sobre o envolvimento no caso pela RecordTV, o casal afirmou que não participou do sumiço de Vitória Gabrielly e que é inocente. O advogado deles, Jairo Coneglian, disse que eles são usuários de droga, mas negou a participação deles.
Ainda há buracos na investigação do caso. A polícia não sabe, por exemplo, o que aconteceu entre o dia 8 e o dia 16 de julho com Vitória, desde quando ela entrou no carro e sumiu até o dia em que foi encontrada morta em uma região de mata em Araçariguama. Os agentes ainda aguardam o laudo do local onde a menina foi achada.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) disse que o caso segue em segredo de Justiça, por isso não há informações que possam ser passadas.
R7