O décimo país mais perigoso do mundo para as mulheres são os Estados Unidos, segundo levantamento divulgado pela Fundação Thomson Reuters — braço filantrópico da agência de notícias Reuters — nesta terça-feira (26). A pesquisa avalia o que as nações fazem para lidar com os riscos enfrentados pela população feminina no dia a dia e inclui tópicos como assistência médica, acesso a recursos econômicos, costumes locais, violência sexual e não-sexual e tráfico humano.
Os EUA são a única nação ocidental a aparecer no estudo. A pesquisa chama atenção para os riscos que a população feminina no país enfrenta em termos de violência sexual, incluindo estupro, assédio, coerção e falta de acesso à Justiça.
Na nona posição do levantamento da Fundação Thomson Reuters está a Nigéria. As forças de segurança nigerianas são acusadas de estupro, tortura e assassinato de mulheres durante sua luta de nove anos contra o grupo insurgente Boko Haram, que por sua vez é responsável pelo sequestro de centenas de meninas. Estudos ainda mostram que milhares de mulheres da Nigéria são traficadas para a Europa para exploração sexual.
O oitavo país mais perigoso para as mulheres é o Iêmen — que passa por uma das maiores crises humanitárias do mundo devido a uma guerra civil deflagrada em 2015. O país é o mais pobre do mundo árabe e as iemenitas enfrentam problemas como acesso precário a serviços de saúde e recursos econômicos.
Em sétimo lugar no levantamento está a República Democrática do Congo, onde as mulheres sofrem com a violência sexual. Mais de 4 milhões de pessoas já foram desalojadas por grupos extremistas no país e as congolesas enfrentam ataques com facões e estupros coletivos com frequência.
O Paquistão é o sexto país mais perigoso para as mulheres no mundo. Pesquisas recentes mostram que uma em cada três paquistanesas casadas revelaram já ter sido agredidas por seus maridos. Milhares de jovens no Paquistão ainda são mortas todos os anos por parentes em nome da “preservação da honra” da família. Os crimes são motivados por fatores como fuga, confraternização com homens e outras violações de valores conservadores.
A Arábia Saudita — que recentemente liberou o direito de dirigir para a população feminina — é o quinto país mais perigoso para as mulheres no mundo, segundo o levantamento. Apesar do progresso, as sauditas ainda enfrentam segregação em locais de trabalho e precisam de permissão de um homem para casar-se e viajar para outros países.
A Arábia Saudita — que recentemente liberou o direito de dirigir para a população feminina — é o quinto país mais perigoso para as mulheres no mundo, segundo o levantamento. Apesar do progresso, as sauditas ainda enfrentam segregação em locais de trabalho e precisam de permissão de um homem para casar-se e viajar para outros países.
Após sete anos em uma guerra que já matou mais de 500 mil pessoas, a Síria é o terceiro país mais perigoso do mundo para as mulheres. As sírias sofrem com a violência relacionada ao conflito armado e abuso doméstico, além de não contarem com fácil acesso a assistência médica.
O segundo país mais perigoso para a população feminina, de acordo com a Reuters, é o Afeganistão. Em uma nação onde organizações extremistas como o Taleban disputam o poder com o governo, as mulheres enfrentam problemas como a violência relacionada a conflitos armados, abuso doméstico, o pior acesso à assistência médica no mundo e desigualdade de gênero no trabalho.
A Índia foi considerada o país mais perigoso para as mulheres em relação a três tópicos abordados pela pesquisa da Reuters: risco de violência sexual, riscos por práticas culturais e tribais e tráfico humano — que, muitas vezes, resulta em prostituição forçada e trabalho forçado. O índice de estupros cada vez mais alto no país tem sido motivo de críticas para o premiê Narendra Modi.
R7