Na semana passada, tive a oportunidade de mediar um bate-papo muito especial, a convite do Portal Enxaqueca Crônica, sobre dor de cabeça. Falamos muito sobre o tema e, principalmente, sobre enxaqueca. Afinal, no Brasil, 25% da população que sofre com a doença têm incapacidade de moderada à grave.
Para responder as dúvidas, contamos com a neurologista Thais Villa, a nutricionista Camila Caverni e a psicóloga Rose Fukue. Elas falaram sobre os sintomas, as causas, os tratamentos e como a nossa alimentação e os fatores emocionais podem impactar nas crises.
A dra Thais explicou que a diferença entre a dor de cabeça tensional e a enxaqueca. A primeira delas é aquela mais “leve, que acomete a cabeça toda, que dá uma sensação de peso e que o tratamento se dá com o repouso”. Já a enxaqueca, como destaquei, é uma doença, hereditária, “que tende a vir latejante, acompanhado de outros sintomas, como intolerância grande a luz, barulho e cheiro, além de náuseas”.
A nutricionista Camila explicou a teoria de algo que eu (e muita gente que sofre com o problema) já sei muito bem na prática: ficar em jejum é gatilho para dor de cabeça:
— Ficar muito tempo sem comer provoca redução de açúcar na corrente sanguínea e há uma liberação de adrenalina, que é responsável por causar a dor. Por isso, é importante ter acompanhamento alimentar, se alimentar de três em três horas.
Além disso, tratar a parte psicológica também é essencial quando falamos em dor de cabeça e enxaqueca, destacou a dra. Rose no bate-papo.
— Os fatores emocionais contribuem para as crises de dor de cabeça se prolongarem ou intensificarem. Estresse, ansiedade, sintomas de tristeza, irritabilidade contribuem para que a crise inicie ou para que a pessoa demore mais tempo para sair dela.
R7