Manchas claras ou avermelhadas na pele com diminuição da sensibilidade, em algumas regiões do corpo, ou diminuição da força podem ser sinais de alerta para infecção pelo vírus Mycobacterium leprae, causador da Hanseníase. Apesar de ser uma das doenças mais antigas do planeta, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam para o surgimento de, pelo menos, 30 mil novos casos, no Brasil – o que coloca o país em segundo lugar na lista de ocorrências.
Para a infectologista Clarissa Martinelli, do Plano Boa Saúde, vinculado ao Grupo Vitalmed, uma das justificativa para ainda haver um número significativo de casos de hanseníase, no país, é a falta de informação sobre a doença. “Como é uma infecção silenciosa e os sintomas, por vezes, só aparecem anos após o contágio, a pessoa acaba por transmitir para outros indivíduos, mesmo antes de saber que está doente”, afirma Dra. Clarissa.
O ideal, ainda segundo ela, é que as pessoas realizem avaliações médicas de rotina e prestem atenção às mudanças que ocorrem no próprio corpo, sobretudo para o surgimento de manchas discretas na pele e perda de sensibilidade. “Com tratamento, a pessoa com hanseníase deixa de transmitir a doença – o que diminuiria significativamente o número de pessoas infectadas”, explica a especialista.
Quanto mais tardio é o diagnóstico, maiores são as chances de sequelas e deformidades, tais como: presença de mãos em garra, pés caído, queda de cílios, desaparecimento de parte da sobrancelha, úlceras em pés, dentre outras.
Panorama
A hanseníase, popularmente conhecida como lepra, durante séculos segregou a população. A boa notícia é que não há chances de propagar o contágio após a administração dos remédios. O tratamento pode levar até 12 meses, mas, durante esse período, o paciente pode ter uma vida normal, realizando as atividades rotineiras, caso não haja sequela incapacitante.
De acordo com Dra. Clarissa apesar da bactéria ser altamente