As aulas foram retomadas nas escolas da rede municipal de educação do bairro de Valéria, em Salvador, nesta quinta- feira (16), dois dias após a operação conjunta das polícias Civil e Militar, que desmontaram três acampamentos de uma facção criminosa. A informação é da Secretaria Municipal da Educação (Smed).
Os ônibus do transporte público de Salvador voltaram a circular no bairro de Valéria, na manhã da quarta-feira (15).
A ação aconteceu no mesmo bairro onde o policial federal Lucas Caribé foi morto em setembro deste ano, durante uma operação policial. Na ocasião, outras quatro pessoas, que a polícia classificou como suspeitas, foram mortas.
Na terça-feira, os desmontes dos acampamentos ocorreram em uma área de matagal que fica ao redor do bairro. Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), os abrigos eram utilizados em fugas ou durante ataques contra grupos criminosos rivais que disputam de tráfico de drogas. Colchões, roupas, marmitas, calçados, entre outros itens foram encontrados nos locais e destruídos em seguida.
Após a ação, os transportes foram suspensos devido a insegurança. Além disso, as aulas no Colégio Estadual Noêmia Rêgo foram suspensas, segundo moradores, no entanto, a informação não foi oficializada pela secretaria estadual de Educação.
Já a Secretaria Municipal da Educação (Smed) anunciou a suspensão do turno vespertino da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida e Cmei João Paulo I. Com isso, 319 alunos ficaram sem atividades. As aulas não foram retomadas na quarta devido ao feriado de Proclamação da República.
Insegurança em Valéria
O bairro de Valéria fica em um ponto considerado estratégico para o tráfico de drogas e é palco de constantes confrontos entre facções criminosas de atuação local e nacional.
A região margeia duas importantes rodovias: a BR-324, mais movimentada do estado, e a BA-528, conhecida como Estrada do Derba. Além disso, a localidade está em um dos limites de Salvador, próxima ao município de Simões Filho, e tem uma extensa área de matagal.
Por tudo isso, o bairro é disputado por facções criminosas, razão à qual polícia atribui as diversas trocas de tiros na região.
G1