O Ministério do Trabalho divulgou na última segunda-feira (28) que identificou oito crianças de até 14 anos de idade em situação de trabalho no Bahia, algo que é proibido pela Lei 9.615/1998 (Lei Pelé). De acordo com o órgão, foram lavrados autos de infração por exploração de mão de obra infantil e pela manutenção de jovens em locais inapropriados, sem ligação com os atletas em formação, que se encontram nos alojamentos do clube. Segundo auditor-fiscal Antônio Inocêncio, o Bahia colaborou com a ação. Os auditores fiscais e procurador do Ministério Público do Trabalho, Luís Carlos Gomes Carneiro Filho, descobriram as irregularidades por meio de inspeções e depoimentos de atletas recém-contratados. Com isso, chegaram até casas de família onde os menores estavam alojados. Nestes alojamentos, uma senhora era a responsável pela alimentação dos jogadores e informou receber R$ 800 por mês para manter os jovens na casa e exercer o papel de “mãe social”. Durante as inspeções, os meninos com mais de 14 anos que estavam hospedado nas casas foram remanejados para as dependências do Bahia. Entrevistado pelo jornal Correio, o gerente jurídico do clube, Vitor Ferraz, negou as acusações. “O Bahia não custeia nenhum tipo de alojamento, casa, imóvel, pessoa física ou jurídica, para atleta profissional, nem garoto que tenha contrato com o clube”, explicou Ferraz que disse estar reunindo provas para recorrer da acusação.